quinta-feira, 28 de maio de 2015

Idade Média → Idade Moderna

Introdução
Processos de transição não possuem um marco definitivo, mas são baseados em um conjunto de eventos. São destacados a crise no modelo feudal, a expansão marítima, o Renascimento e a Reforma Protestante como acontecimentos que configuram a transição da Idade Média para a Idade Moderna.
Relações políticas na Idade Média: o território europeu era extremamente eles, padrões de pesos e fragmentado nos chamados feudos, cada um comandado por um senhor feudal ou um nobre. Cada feudo funcionava como um pequeno país. Não havia moeda comum entre medidas e um idioma nacional. Isso nos dá a principal característica da Idade Média: a descentralização política. É o que chamamos de uma Monarquia Feudal. Tal processo de fragmentação aconteceu desde o fim da Idade Antiga, sucedendo, então, o processo de ruralização da Europa. Por isso, a principal atividade econômica nos feudos será a agricultura de subsistência. Nesse período, as cidades não existiam mais. Assim como as trocas comerciais caíram em desuso, só vindo a reaparecer na Baixa Idade Média. Quem produzia eram homens pobres que não possuíam terra própria e, por isso, passaram a trabalhar nas terras de nobres para conseguir o seu sustento. Esse grupo é chamado de servos ou campesinato. Existe uma estrutura social que compõe a estrutura econômica, ou seja, há um determinado feudo, onde um nobre é o dono e a sua relação de poder está diretamente relacionada a posse dessa terra. Então, homens pobres, camponeses, trabalham nessa terra como forma de sobreviver e tinham que pagar impostos. A estrutura da sociedade, era dividida entre: clero, nobreza (ou aristocracia) e campesinato. Raramente há mobilidade social. Dentre os exemplos de impostos pagos pelo campesinato a nobreza, estão: talha, corveia e banalidades. Os impostos feudais são essenciais para a manutenção da estrutura do feudalismo. Cada um dos grupos mencionados na pirâmide tem sua função essencial na sociedade medieval: o campesinato é o trabalho; a nobreza, composta por cavaleiros, é responsável pela defesa do território; e o clero católico, grupo mais importante da sociedade medieval, era responsável pelo contato com o que havia de mais valioso: Deus. A sociedade medieval era extremamente teocêntrica, ou seja, todas as explicações sobre a vida provinham de Deus.
·         Renascimento comercial e urbano
·         As Cruzadas
·         A crise do séc. XIV
Esses três fatores, marcam a mudança da Alta Idade Média para a Baixa Idade Média. O Renascimento Comercial e Urbano consiste no emprego de novas técnicas empregadas pelo campesinato nos feudos, o que aumenta a produção de alimentos, o que diminui os índices de fome e produz excedentes que possibilitam o início de trocas comerciais. Surgem as chamadas feiras, onde ocorre os encontros para a troca de determinados produtos. Posteriormente, essas feiras se transformarão em vilas e, em seguida, em burgos ou cidades. Dentro desses burgos, quem exerce atividade relacionada ao comércio ou artesanato, vai receber o nome de burguês. Surge uma nova classe social: a burguesia. A Idade Média vai do século V ao século XV. Do século X ao XV, há um desenvolvimento do comércio, que é auxiliado também pelas Cruzadas. As Cruzadas foram um projeto da Igreja Católica de expandir o Cristianismo para a Europa Oriental e Oriente Médio. A partir de expedições militares de caráter religioso, Papa Urbano II desejava reconquistar a Terra Santa tomada pelos muçulmanos: Jerusalém. Apesar das expedições religiosas não terem dado certo, possibilitou o contato desses cruzados com especiarias do Oriente que, levadas para Europa, despertaram bastante interesse ocidental nos produtos orientais. As últimas Cruzadas, conduzidas por Italianos, vão virar acordos comerciais. As cidades italianas vão monopolizar o comércio que vai ocorrer com a reabertura do Mediterrâneo. Ou seja, o comércio entre Ocidente e Oriente é reaberto. Esse processo de transformação vai ser interrompida pela Crise do século XIV. Essa crise gerou uma quebra da curva demográfica europeia: de 1/3 a ½ dos europeus morrem com a crise. Três tópicos compões os motivos dessa crise: a Guerra dos 100 anos, entre Inglaterra e França, e outras guerras entre senhores feudais; a fome provocada por uma grave crise climática; e a peste negra ou bubônica, trazida pelas pulgas dos ratos que vinham nos navios. A Europa entra em um período bastante conturbado que justifica os nomes comumente dados à Idade Média: a Noite do Mil Anos ou a Idade das Trevas. Essa instabilidade mostra a necessidade de um modelo diferente do Feudalismo.

Antigo Regime→Estado Moderno
·         absolutismo monárquico
·         mercantilismo
·         sociedade aristocrática de privilégios
 A Idade Moderna começa, aproximadamente, no século XV e vai até o fim século XVIII. O Estado Moderno possui um conjunto de características denominadas Antigo Regime Europeu. O Absolutismo Monárquico é caracterizado pela centralização do poder nas mãos de um determinado nobre: o rei. Não há divisão de poderes entre Executivo, Legislativo e Judiciário. Todos os poderes são concentrados nas mãos do Rei. Ocorre um processo diferente do visto na Idade Média, caracterizada pela descentralização política. O poder do rei não estava acima de tudo. É fruto de duas alianças político e econômicas: uma com a aristocracia (clero e nobreza) e outra com a burguesia. Em troca de apoio que legitimasse seu poder, o rei garantia a vida, a propriedade privada e os privilégios da aristocracia. A burguesia, que controlava as atividades econômicas do período e era o principal grupo a pagar impostos, apoiava o rei em troca de monopólios comerciais concedidos por ele. A burguesia e o campesinato sustentam esse Estado Moderno. Eles não detêm os privilégios concedidos à aristocracia, como, o principal deles, o não-pagamento de impostos. O rei, com o dinheiro proveniente dos impostos, pôde consolidar o seu poder contratando um exército que garantia as fronteiras e a sociedade estável. Outra característica importante do Absolutismo eram as teorias que legitimavam o poder nas mãos do rei. Há dois grupos de teóricos do Absolutismo. Os primeiros são o da Igreja Católica: Jacques Bossuet, Lebret e Bodin que defendiam a teoria do Direito Divino dos Reis, ou seja, o poder dos reis seria legitimado pela vontade de Deus. O outro grupo de teóricos eram laicos. Representado por Thomas Hobbes que, em O Leviatã, afirmava que o “homem é o lobo do homem”; e Florentino Nicolau Maquiavel que, em O Príncipe, dava uma espécie de manual sobre como os reis deveriam governar para manterem seu poder centralizado. Maquiavel afirmava que “os fins justificam os meios”. Mercantilismo é o nome dado ao conjunto de práticas econômicas que buscam uma acumulação de capital para o Estado. A principal característica do Mercantilista era a total intervenção do Estado na economia. São exemplos de práticas mercantilistas: o metalismo, o tráfico negreiro, o corso e a manutenção de balança comercial favorável. A sociedade da Idade Média para a Idade Moderna se modifica pouco: o clero continua no topo da pirâmide, abaixo vem a nobreza e no último patamar estão a burguesia e o campesinato.
Idade Média, também chamada de era Medieval, é caracterizado pela queda do Império Romano, em 476. A invasão dos povos bárbaros causou a fragmentação de um gigantesco império, alterando as relações políticas daí por diante.
Alta Idade Média: Alta Idade Média é compreendida entre os séculos V e X, marcada pelo período de fragmentação total do Império Romano e transição para uma nova realidade estrutural.
Idade Média Clássica: A Idade Média Clássica é situada entre o século XI e o XIII, é neste momento em que estão os elementos mais populares do período Medieval, como feudos, suserana e vassalagem e cavalaria, por exemplo.
Baixa Idade Média: A Baixa Idade Média, correspondente aos séculos XIV e XV, já representa uma fase de transição para o novo período, no qual novos elementos começam a alterar a estrutura Medieval.

Na Idade Média, a Igreja Católica aumenta significativamente seu poder e capacidade de influência sobre a população. A soberania da Igreja interfere nas artes, na arquitetura, na política, na cultura, na filosofia, nas guerras, além das questões religiosas.
As principais características da Idade Média são:
Feudalismo: foi o sistema pelo qual as terras dos reis foram dividas em feudos, nos quais trabalhavam os servos para seus senhores. Os feudos produziam para subsistência através dos esforços dos servos. Estes tinham apenas um dia na semana para produzir para si mesmos, mas deviam aos seus reis uma série de impostos.
Relações de suserania e vassalagem: aconteciam entre nobres. Um deles concedia porções de terra ao outro, o que recebia terras para aumentar suas propriedades passavam a realizar tarefas de fidelidade. Como proteção em guerras, que era o mais comum.
Cruzadas: Consistiram em investidas militares dos cristãos contra os muçulmanos nas guerras pelo domínio da Terra Santa.
Ordens de cavalaria: uniam nobres que destinavam suas vidas aos combates. Tornaram-se muito respeitadas e bem qualificadas na sociedade Medieval e engrossaram o combate dos católicos contra os islâmicos.
Peste Negra: representou um dos momentos de crise da Idade Média. Na ocasião, dois terços da população da Europa morreu em decorrência de peste bubônica.
A transição da Idade Média para a História Moderna envolveu uma série de fatores que alterou as estruturas do período. A mudança está relacionada com a ascensão das monarquias nacionais européias, a recuperação demográfica após a Peste Negra, os descobrimentos marítimos, a redescoberta da cultura clássica e a contestação à Igreja Católica. Mas o evento político determinante que marcou o fim do período Medieval foi a queda de Constantinopla, em 1453.
A Idade Média é também frequentemente relacionada como a Idade das Trevas, pois se acreditava que o período representava uma estagnação da humanidade, principalmente por estar situada entre dois períodos tão ricos culturalmente.


Transição da Idade Média (feudalismo) para a Idade Moderna(Capitalismo)
Pode se dizer que a Baixa Id. Média foi um período de transição do Feudalismo para a primeira fase do Capitalismo (Mercantilismo). Quando eu menciono Id. Média estou me referindo a Alta Id. Média que tinha como base o sistema Feudal, sua economia era desmonetizada, ou seja, eles não utilizavam moedas, a base de troca era natural. O Capitalismo era monetário, ou seja, eles usavam moedas e o valor dessas moedas era dado de acordo com o metal que o constituía. Com isso os Europeus se lançaram ao mar para buscar metais, pois achavam que suas reservas estavam se esgotando.
Com o início da navegação eles descobrem o Novo Mundo, que consiste nas Américas, e também inicia a Expansão Marítima Comercial. O Capitalismo visa principalmente o lucro, ele foi dividido em três fases:
Mercantilismo; Cap. Industrial ; Cap. Financeiro.Mercantilismo foi a doutrina de pensamento econômico que prevaleceu na Europa durante os séculos XVI, XVII e XVIII. Propugnava que o governo devia exercer um controle férreo sobre a indústria e o comércio para aumentar o poder da nação, ao conseguir que as exportações superem em valor as importações. O mercantilismo era um conjunto de sólidas crenças, entre as quais cabe destacar: a idéia de que era preferível exportar para terceiros a importar bens ou comercializar dentro do próprio país; a convicção de que a riqueza de uma nação depende sobretudo da acumulação de ouro e prata; e a justificação da intervenção pública na economia se voltada à obtenção dos objetivos anteriores. Pacto colonial, conceito utilizado pelos historiadores para designar um dos aspectos do mercantilismo, segundo o qual as colônias deveriam fornecer matérias primas e produtos semi-acabados para as suas metrópoles, recebendo em troca produtos manufaturados. Supõe, também, a exclusividade metropolitana, proibindo-se a colônia receber mercadorias de outros países ou para eles exportar diretamente seus produtos. Uma das consequências do pacto colonial foi a dificuldade para estabelecer um mercado interno, já que era proibido à colônia produzir artigos que concorressem com os da metrópole.  A política no Feudalismo era um poder descentralizado em relação ao Rei. Na Id. Moderna o Rei se alia a burguesia que trocam poder político e poder econômico entre eles. O Rei, então passa a ter um poder centralizado, possui então um exército, eles a utilizar um mesmo peso, medida, moeda, volume e fronteiras definidas, tudo isso estabeleceu uma monarquia. A sociedade no Feudalismo era estamental. Significa que na sociedade não existia mobilidade, um servo sempre será servo, e o senhor Feudal sempre senhor Feudal. Na Id. Moderna era a burguesia que tinha o poder econômico, mas ela não tinha poder político, pois não era nobre. Isso a incomodada bastante. Então decidiram apoiar o Rei para conseguir poder político e social, pois o Rei não tinha poder econômico. A igreja Protestante apoiava a burguesia. Em um momento o Rei se sentiu muito forte e começou a abusar da burguesia, cobrando altos impostos, então a burguesia derruba o Rei e assim ocorrem as primeiras revoluções burguesas. Nas cruzadas cada participante tinha um objetivo que pode ser considerado apenas econômico, menos o objetivo cristão. A Igreja queria impedir o avanço do protestantismo, os senhores feudais queriam expandir suas áreas provocando a expansão marítima, assim podemos ver claramente os interesses econômicos. A Igreja Católica Apostólica Romana monopoliza a vida do homem na Id. Média. Ela impunha temor nos fiéis, a fé é a palavra chave. A igreja criou dogmas para persuadir o homem. Tudo nessa época possuía uma visão teocêntrica, o homem nessa época tinha visão de coletividade e pessimismo. Aos poucos com chegada do Capitalismo, esse homem se tornou mais individualista, canalizando a razão e a fé, se tornando ambíguo, ou seja, confuso e perdido. O teocentrismo se contrapunha com o antropocentrismo, assim a igreja foi perdendo o seu poder. O homem que vivia nos burgos realizava o comércio e era muito ambicioso. Tornava-se racional e agora acreditava na ciência, baseada na observação e na ciência, então surge um movimento chamado de Renascimento.

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