Introdução
Processos de transição não possuem um marco definitivo,
mas são baseados em um conjunto de eventos. São destacados a crise no modelo
feudal, a expansão marítima, o Renascimento e a Reforma Protestante como
acontecimentos que configuram a transição da Idade Média para a Idade Moderna.
Relações políticas
na Idade Média: o território europeu era extremamente eles, padrões de
pesos e fragmentado nos chamados feudos, cada um comandado por um senhor feudal
ou um nobre. Cada feudo funcionava como um pequeno país. Não havia moeda comum
entre medidas e um idioma nacional. Isso nos dá a principal característica da
Idade Média: a descentralização política. É o que chamamos de uma Monarquia
Feudal. Tal processo de fragmentação aconteceu desde o fim da Idade Antiga,
sucedendo, então, o processo de ruralização da Europa. Por isso, a principal
atividade econômica nos feudos será a agricultura de subsistência. Nesse
período, as cidades não existiam mais. Assim como as trocas comerciais caíram
em desuso, só vindo a reaparecer na Baixa Idade Média. Quem produzia eram
homens pobres que não possuíam terra própria e, por isso, passaram a trabalhar
nas terras de nobres para conseguir o seu sustento. Esse grupo é chamado de
servos ou campesinato. Existe uma estrutura social que compõe a estrutura
econômica, ou seja, há um determinado feudo, onde um nobre é o dono e a sua
relação de poder está diretamente relacionada a posse dessa terra. Então,
homens pobres, camponeses, trabalham nessa terra como forma de sobreviver e
tinham que pagar impostos. A estrutura da sociedade, era dividida entre: clero,
nobreza (ou aristocracia) e campesinato. Raramente há mobilidade social. Dentre
os exemplos de impostos pagos pelo campesinato a nobreza, estão: talha, corveia
e banalidades. Os impostos feudais são essenciais para a manutenção da estrutura
do feudalismo. Cada um dos grupos mencionados na pirâmide tem sua função
essencial na sociedade medieval: o campesinato é o trabalho; a nobreza,
composta por cavaleiros, é responsável pela defesa do território; e o clero
católico, grupo mais importante da sociedade medieval, era responsável pelo
contato com o que havia de mais valioso: Deus. A sociedade medieval era
extremamente teocêntrica, ou seja, todas as explicações sobre a vida provinham
de Deus.
·
Renascimento
comercial e urbano
·
As
Cruzadas
·
A crise do
séc. XIV
Esses três fatores, marcam a mudança da Alta Idade Média
para a Baixa Idade Média. O Renascimento Comercial e Urbano consiste no emprego
de novas técnicas empregadas pelo campesinato nos feudos, o que aumenta a
produção de alimentos, o que diminui os índices de fome e produz excedentes que
possibilitam o início de trocas comerciais. Surgem as chamadas feiras, onde
ocorre os encontros para a troca de determinados produtos. Posteriormente,
essas feiras se transformarão em vilas e, em seguida, em burgos ou cidades.
Dentro desses burgos, quem exerce atividade relacionada ao comércio ou
artesanato, vai receber o nome de burguês. Surge uma nova classe social: a burguesia.
A Idade Média vai do século V ao século XV. Do século X ao XV, há um
desenvolvimento do comércio, que é auxiliado também pelas Cruzadas. As Cruzadas
foram um projeto da Igreja Católica de expandir o Cristianismo para a Europa
Oriental e Oriente Médio. A partir de expedições militares de caráter
religioso, Papa Urbano II desejava reconquistar a Terra Santa tomada pelos
muçulmanos: Jerusalém. Apesar das expedições religiosas não terem dado certo,
possibilitou o contato desses cruzados com especiarias do Oriente que, levadas
para Europa, despertaram bastante interesse ocidental nos produtos orientais. As
últimas Cruzadas, conduzidas por Italianos, vão virar acordos comerciais. As
cidades italianas vão monopolizar o comércio que vai ocorrer com a reabertura
do Mediterrâneo. Ou seja, o comércio entre Ocidente e Oriente é reaberto. Esse
processo de transformação vai ser interrompida pela Crise do século XIV. Essa
crise gerou uma quebra da curva demográfica europeia: de 1/3 a ½ dos europeus
morrem com a crise. Três tópicos compões os motivos dessa crise: a Guerra dos
100 anos, entre Inglaterra e França, e outras guerras entre senhores feudais; a
fome provocada por uma grave crise climática; e a peste negra ou bubônica,
trazida pelas pulgas dos ratos que vinham nos navios. A Europa entra em um
período bastante conturbado que justifica os nomes comumente dados à Idade
Média: a Noite do Mil Anos ou a Idade das Trevas. Essa instabilidade mostra a
necessidade de um modelo diferente do Feudalismo.
Antigo Regime→Estado
Moderno
·
absolutismo
monárquico
·
mercantilismo
·
sociedade
aristocrática de privilégios
A Idade Moderna
começa, aproximadamente, no século XV e vai até o fim século XVIII. O Estado
Moderno possui um conjunto de características denominadas Antigo Regime Europeu.
O Absolutismo Monárquico é caracterizado pela centralização do poder nas mãos
de um determinado nobre: o rei. Não há divisão de poderes entre Executivo,
Legislativo e Judiciário. Todos os poderes são concentrados nas mãos do Rei.
Ocorre um processo diferente do visto na Idade Média, caracterizada pela
descentralização política. O poder do rei não estava acima de tudo. É fruto de
duas alianças político e econômicas: uma com a aristocracia (clero e nobreza) e
outra com a burguesia. Em troca de apoio que legitimasse seu poder, o rei
garantia a vida, a propriedade privada e os privilégios da aristocracia. A
burguesia, que controlava as atividades econômicas do período e era o principal
grupo a pagar impostos, apoiava o rei em troca de monopólios comerciais concedidos
por ele. A burguesia e o campesinato sustentam esse Estado Moderno. Eles não
detêm os privilégios concedidos à aristocracia, como, o principal deles, o não-pagamento
de impostos. O rei, com o dinheiro proveniente dos impostos, pôde consolidar o
seu poder contratando um exército que garantia as fronteiras e a sociedade
estável. Outra característica importante do Absolutismo eram as teorias que
legitimavam o poder nas mãos do rei. Há dois grupos de teóricos do Absolutismo.
Os primeiros são o da Igreja Católica: Jacques Bossuet, Lebret e Bodin que
defendiam a teoria do Direito Divino dos Reis, ou seja, o poder dos reis seria
legitimado pela vontade de Deus. O outro grupo de teóricos eram laicos.
Representado por Thomas Hobbes que, em O Leviatã, afirmava que o “homem é o
lobo do homem”; e Florentino Nicolau Maquiavel que, em O Príncipe, dava uma
espécie de manual sobre como os reis deveriam governar para manterem seu poder
centralizado. Maquiavel afirmava que “os fins justificam os meios”. Mercantilismo
é o nome dado ao conjunto de práticas econômicas que buscam uma acumulação de capital
para o Estado. A principal característica do Mercantilista era a total
intervenção do Estado na economia. São exemplos de práticas mercantilistas: o
metalismo, o tráfico negreiro, o corso e a manutenção de balança comercial
favorável. A sociedade da Idade Média para a Idade Moderna se modifica pouco: o
clero continua no topo da pirâmide, abaixo vem a nobreza e no último patamar
estão a burguesia e o campesinato.
Idade Média, também chamada de era Medieval, é
caracterizado pela queda do Império Romano, em 476. A invasão dos povos
bárbaros causou a fragmentação de um gigantesco império, alterando as
relações políticas daí
por diante.
Alta Idade
Média: Alta Idade Média é compreendida entre os séculos V e X,
marcada pelo período de fragmentação total do Império Romano e transição para
uma nova realidade estrutural.
Idade Média Clássica:
A Idade Média Clássica é situada entre o século XI e o XIII, é neste momento em
que estão os elementos mais populares do período Medieval, como feudos,
suserana e vassalagem e cavalaria, por exemplo.
Baixa Idade
Média: A Baixa Idade Média, correspondente aos séculos XIV e XV,
já representa uma fase de transição para o novo período, no qual novos
elementos começam a alterar a estrutura Medieval.
Na Idade Média, a Igreja Católica aumenta
significativamente seu poder e capacidade de influência sobre a população. A
soberania da Igreja interfere nas artes, na arquitetura, na política, na cultura,
na filosofia, nas guerras, além das questões religiosas.
As principais características da Idade Média são:
Feudalismo: foi o sistema pelo
qual as terras dos reis foram dividas em feudos, nos quais trabalhavam os servos para seus
senhores. Os feudos produziam para subsistência através dos esforços dos
servos. Estes tinham apenas um dia na semana para produzir para si mesmos, mas
deviam aos seus reis uma série de impostos.
Relações de suserania e vassalagem:
aconteciam entre nobres.
Um deles concedia porções de terra ao outro, o que recebia terras para aumentar
suas propriedades passavam a realizar tarefas de fidelidade. Como proteção em
guerras, que era o mais comum.
Cruzadas: Consistiram
em investidas militares dos cristãos contra os muçulmanos nas guerras pelo
domínio da Terra Santa.
Ordens de
cavalaria: uniam nobres que destinavam suas vidas aos combates. Tornaram-se
muito respeitadas e bem qualificadas na sociedade Medieval e engrossaram o
combate dos católicos contra os islâmicos.
Peste Negra: representou
um dos momentos de crise da Idade Média. Na ocasião, dois terços da população
da Europa morreu em decorrência de peste bubônica.
A transição da Idade Média para a História Moderna
envolveu uma série de fatores que alterou as estruturas do período. A mudança
está relacionada com a ascensão das monarquias nacionais européias, a
recuperação demográfica após a Peste Negra, os descobrimentos marítimos, a
redescoberta da cultura clássica e a contestação à Igreja Católica. Mas o
evento político determinante que marcou o fim do período Medieval foi a queda de
Constantinopla, em 1453.
A Idade Média é também frequentemente relacionada como
a Idade das Trevas, pois se acreditava que o período representava uma
estagnação da humanidade, principalmente por estar situada entre dois períodos
tão ricos culturalmente.
Transição da Idade
Média (feudalismo) para a Idade Moderna(Capitalismo)
Pode se dizer que a Baixa
Id. Média foi um período de transição do Feudalismo para a primeira fase do
Capitalismo (Mercantilismo). Quando eu menciono Id. Média estou me referindo a
Alta Id. Média que tinha como base o sistema Feudal, sua economia era desmonetizada,
ou seja, eles não utilizavam moedas, a base de troca era natural. O Capitalismo
era monetário, ou seja, eles usavam moedas e o valor dessas moedas era dado de
acordo com o metal que o constituía. Com isso os Europeus se lançaram ao mar
para buscar metais, pois achavam que suas reservas estavam se esgotando.Com o início da navegação eles descobrem o Novo Mundo, que consiste nas Américas, e também inicia a Expansão Marítima Comercial. O Capitalismo visa principalmente o lucro, ele foi dividido em três fases:
Mercantilismo; Cap. Industrial ; Cap. Financeiro.Mercantilismo foi a doutrina de pensamento econômico que prevaleceu na Europa durante os séculos XVI, XVII e XVIII. Propugnava que o governo devia exercer um controle férreo sobre a indústria e o comércio para aumentar o poder da nação, ao conseguir que as exportações superem em valor as importações. O mercantilismo era um conjunto de sólidas crenças, entre as quais cabe destacar: a idéia de que era preferível exportar para terceiros a importar bens ou comercializar dentro do próprio país; a convicção de que a riqueza de uma nação depende sobretudo da acumulação de ouro e prata; e a justificação da intervenção pública na economia se voltada à obtenção dos objetivos anteriores. Pacto colonial, conceito utilizado pelos historiadores para designar um dos aspectos do mercantilismo, segundo o qual as colônias deveriam fornecer matérias primas e produtos semi-acabados para as suas metrópoles, recebendo em troca produtos manufaturados. Supõe, também, a exclusividade metropolitana, proibindo-se a colônia receber mercadorias de outros países ou para eles exportar diretamente seus produtos. Uma das consequências do pacto colonial foi a dificuldade para estabelecer um mercado interno, já que era proibido à colônia produzir artigos que concorressem com os da metrópole. A política no Feudalismo era um poder descentralizado em relação ao Rei. Na Id. Moderna o Rei se alia a burguesia que trocam poder político e poder econômico entre eles. O Rei, então passa a ter um poder centralizado, possui então um exército, eles a utilizar um mesmo peso, medida, moeda, volume e fronteiras definidas, tudo isso estabeleceu uma monarquia. A sociedade no Feudalismo era estamental. Significa que na sociedade não existia mobilidade, um servo sempre será servo, e o senhor Feudal sempre senhor Feudal. Na Id. Moderna era a burguesia que tinha o poder econômico, mas ela não tinha poder político, pois não era nobre. Isso a incomodada bastante. Então decidiram apoiar o Rei para conseguir poder político e social, pois o Rei não tinha poder econômico. A igreja Protestante apoiava a burguesia. Em um momento o Rei se sentiu muito forte e começou a abusar da burguesia, cobrando altos impostos, então a burguesia derruba o Rei e assim ocorrem as primeiras revoluções burguesas. Nas cruzadas cada participante tinha um objetivo que pode ser considerado apenas econômico, menos o objetivo cristão. A Igreja queria impedir o avanço do protestantismo, os senhores feudais queriam expandir suas áreas provocando a expansão marítima, assim podemos ver claramente os interesses econômicos. A Igreja Católica Apostólica Romana monopoliza a vida do homem na Id. Média. Ela impunha temor nos fiéis, a fé é a palavra chave. A igreja criou dogmas para persuadir o homem. Tudo nessa época possuía uma visão teocêntrica, o homem nessa época tinha visão de coletividade e pessimismo. Aos poucos com chegada do Capitalismo, esse homem se tornou mais individualista, canalizando a razão e a fé, se tornando ambíguo, ou seja, confuso e perdido. O teocentrismo se contrapunha com o antropocentrismo, assim a igreja foi perdendo o seu poder. O homem que vivia nos burgos realizava o comércio e era muito ambicioso. Tornava-se racional e agora acreditava na ciência, baseada na observação e na ciência, então surge um movimento chamado de Renascimento.